[APROVADA] Ficha/Registro de Victoria Chevalier

O começo - Filha de Zeus?!

1- Qual seu nome completo, sem abreviaturas? — Victoria Chevalier
2- Qual sua idade? — Dezesseis anos
3- Você é homem ou mulher? — Mulher
4- Qual sua raça? — Semideus
5- Qual seu progenitor divino? — Zeus
6- Conte-nos um pouco sobre o que tem acontecido: —

Meus pensamentos eram envolvidos apenas por preocupação. Tudo o que eu menos queria naquele momento era voltar a escola e escutar novamente algo como "você deve ter sonhado com isto" ou "que imaginação fértil", que mostrava total desinteresse sobre mim. Porém, ali estava eu, na frente de um prédio enorme e que apesar da quantidade de adolescentes e crianças parecia frio e triste. Podia-se ler na placa: Manhattan Charter School. Sempre que lia aquele nome minha barriga dava voltas e eu já imaginava tudo que tinha passado anteriormente. Claro que eu não iria deixar transparecer isto, e muito menos deixar isso me afetar mais do que por alguns minutos, até por que não faz o meu feitio. Sabe, sempre quis - e consegui - manter uma postura de liderança e confiança.

Dei alguns passos a frente e logo senti alguém me puxar para o lado. Meu sangue ferveu e eu estava pronta para virar e dar de cara com mais uma das monstruosidades que sempre me atormentam - principalmente - na escola. Esperava ver uma mulher com cabeça de tigre e que solta fogo pela boca ou alguma coisa parecida, mas vi apenas um cara baixinho, sem nenhuma anormalidade além de uma toca mal-cheirosa e totalmente fora de moda.

— John! - o reconheci assim que pude observa-lo com mais calma.

Ele parecia nervoso, e tentava olhar para todos os lados ao mesmo tempo - em vão, claro.

— Eu preciso falar com você, aconteceu muitas coisas durante essas férias.

Quando estava prestes a falar algo escutei uma voz familiar:

— Victoria Chevalier, venha comigo por favor.

---

Ok, ser chamada pelo diretor já era algo comum para mim. A única coisa que estranhei foi a piscadela escrota para John. Será que o senhor Bertoli era gay ou ele e John só queriam me pregar uma peça - algo bem típico do menino, que como meu melhor amigo nunca deixou escapar sequer uma chance de me deixar envergonhada - ?
Sendo o que for, eu já estava ali, em uma sala na qual eu não reconhecia. Sentei-me na cadeira que o diretor me indicou e quando pensei que eu finalmente descobriria o que estava acontecendo, John entrou na sala.

— Ei! Eu falei para ficar lá fora e vigiar! Era esse o plano! - a voz do senhor Bertoli, pela primeira vez em minha presença, estava em um tom de irritação.

— Eu não posso deixá-la, Quíron. Esquece isso, será muito mais fácil se eu estiver junto.

Hã? Como assim? Fiquei confusa diante da conversa dos dois. Pensei em indaga-los, e se eles negassem, criva-los de pergunta, como sempre faço, porém não era uma boa opção enquanto o diretor estava naquele estado de irritação e John de nervosismo. Falando nisso, por que John se referiu ao senhor Bertoli como "Quíron"?

John olhou para mim e percebeu a expressão de duvida em meu rosto. Ele caminhou - mancando, já que ele tem problema nas pernas - até Bertoli e ambos cochicharam algo que não pude escutar.

— Ok, Vic. - Falou John - Primeiro: precisamos que confie totalmente em nós e faça tudo que falarmos para fazer. Segundo: por mais estranho que pareça, acredite. Terceiro: - Nesse momento ele foi até a mesa do professor e tirou de dentro de uma gaveta uma ESPADA! - isso é seu.

Enquanto ele me entregava a espada, até então incrível e totalmente duvidosa para mim, Bertoli continuou:

— Vamos partir agora, se não será muito tarde. - Ele parecia estar falando mais consigo mesmo do que com qualquer outra pessoa. - A senhora Chevalier já está sabendo de tudo.

---

Agora aqui estou eu, em um acampamento de gente anormal, com um amigo meio homem e meio bode e um - até então - diretor, que incrivelmente tem metade do corpo de um cavalo.

Olhar maldoso, fones de ouvido, liderança e um tanto de insensibilidade. Essa era Victoria Chevalier. Tudo nela gritava algo como "não se aproxime" ou "perigo", mas mostrava segurança. Era difícil imaginar uma menina com tamanho ego e um hobbie tão tosco (ou fofo, para outros), mas era esse hobbie que a mantinha em sã consciência muitas vezes. Olhar as nuvens era o que a acalmava. Talvez, seja algo de todo semideus. Sabe, quando um filho de Poseidon chega perto do mar, deve se sentir da mesma forma que ela quando observa o céu. Mas naquela manhã fria e chuvosa Victoria não tinha escolha. Deveria enfrentar seus problemas a solução dos mesmos não viria do céu. A rixa entre mãe e filha dentro de casa era algo insuportável.


7- Descreva a condição psicológica de seu personagem, falando em detalhes a forma que o mesmo geralmente age: —

Olhar maldoso, ego, liderança e um tanto de insensibilidade. Essa é Victoria Chevalier. Tudo nela grita algo como "não se aproxime" ou "perigo", mas mostra segurança.
É difícil vê-la acanhada ou amedrontada, bem pelo contrário, sempre a verá decidida e sem medo algum.

8- Seu personagem é representado por um artista através de um avatar. Qual artista está a ceder seu rosto a você? — El Wood